sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Lixo

Gostava de começar por falar do lixo que nós produzimos. É tanto, mas tanto, mas tanto que nem eu nem ninguém tem noção da sua abominável e colossal quantidade.

Todos nós produzimos lixo e não o podemos negar ou evitar. Simplesmente descartamos o supérfluo e o desnecessário, apesar de achar que isso é apenas uma questão de perspectiva. Contudo, a forma como descartamos essas mesmas coisas é duvidosa e deixa muito a desejar.

Quem nunca ouviu falar de reciclagem, nos dias que correm? É algo tão simples e tão útil de se fazer e contudo há pessoas que não o fazem. E, o mais importante da reciclagem, é que damos uso ao que, aparentemente, não tem.

No entanto, eu gostaria mesmo de falar da nossa consciência acerca deste assunto. Porque isto é muito mais do que atirar uma simples pastilha para o passeio. Nós simplesmente estamos habituados a ter alguém que faça as coisas por nós. Atiramos lixo para o chão e dizemos com um ar orgulhoso e arrogante: «Os varredores de rua que limpem. É a função deles.» Muitos ainda afirmam que é o lixo que produzem que lhes permite, aos varredores de rua, manter o emprego. Enfim... O que queria dizer é que estas acções se reflectem na forma de pensar e em outras acções futuras mais decisivas e importantes. Muitas dessas mesmas pessoas que atiram lixo para o chão, se é que não são todas, não se preocupam com o aquecimento global ou com o buraco na camada de ozono. Porquê? Porque pensam que há alguém que resolverá esses problemas, assim como os varredores limpam o seu lixo.

Estas questões afectam toda a humanidade. Não podemos esperar que os varredores venham limpar a nossa porcaria. Agimos mal e agora temos que lidar com as consequências, assim como deveriamos lidar com o lixo que produzimos. Contudo, a ignorância que faz com que essas pessoas atirem lixo para o chão, não permite que pensem desta maneira. Preferem continuar a fazer o mesmo até que o varredor venha com a sua vassourinha aparar o seu lixo. Contudo, essas pessoas ficarão muito desiludidas quando ficarem sufocadas no seu próprio lixo e repararem que não há ninguém para o limpar. Nessa altura, eu rebolar-me-ei de tanto rir no meu cantinho limpo e bem-tratado.

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